terça-feira, 3 de agosto de 2010
SOU
Sou isso como sou aquilo.
Apenas tento, mas eis que não
Sou Febo ou Apolo.
Não me digam que não tento à quilo.
Sou erradio, por vezes evadido
A qualquer que é aglomerado.
Ao perceber-me que não sou
O tempo, mas tão-somente:
-Sujeira num umbigo-
Mas ser ou não ser nem traça questão,
Desde então, nem Pérsefone quer ser,
Sobretudo ao ver-se Carontiana
Em velha nau, de hoje então.
E o ser é tudo que não sou
Sobre píncaros. Sou às maneiras,
De vontades nos Arquétipos, breve
Transgressão e uma só indecisão: e/ou.
Só que não sou tamanho em Acrópole
E robusto qual Hércules. Ou apenas
Douto, uma haste torta, algo
Entre estampidos, do mundo: uma prótese.
Um lampejo a ser tão rápido,
Instantaneidades, logo passo,
Logo passa, e ficamos
Não adequados: sóis tudo que é tácito.
Anderson Costa 30.07.2010
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