quinta-feira, 19 de agosto de 2010

SOU-ME TODAVIA


Conquanto ser-me-ia aquilo que queria,
ainda não irei por me ser de cor cinzenta,
posto que, de fato, não sou mais-valia,
sou-me aqui um quarto em parte macilenta,
quando não, venho a ser ulcerada ufania
e adentro quinquilharias pouco lamacentas,
em mim soterro o reto à tudo que desvia-
me e me arranca, da vida, a placenta.
E o que me ser-me-ia em si se foi baldado
no cio da cotovia que assovia o que éramos,
feito formalmente ponto malogrado
que sutil se descansa dentro em féretro:
um, feito tudo que se pode ser parto,
outro, feito tudo que se pode ser pérfido.

Um comentário:

  1. Gostei muito do teu blog! de muita qualidade, requinte... Poemas realmente concretos! parabéns!!

    Sou Diego Schaun, músico e poeta. www.diegoschaun.blogspot.com Espero que goste. Depois, dê uma passadinha lá!

    ResponderExcluir