segunda-feira, 5 de julho de 2010

SÍNTESE



Na síntese em alguém escondo todos os desdobramentos
Do passado que me atormenta e faz vir à tona
Escumas em espinhos, ferindo-me,
Deteriorando o efêmero que há pouco regozijei.
Por isso, pergunto-me:
-não sei esconder minha indignação.
Como esconderei todo o meu ser em putrefação
Perante a estas milhares de vozes fantasmagóricas,
Sorrisos inexpressivos, cochichos, paradoxos de
Que ainda não necessito?
Pergunto-me e me sustenho sem alguma resposta,
Na exasperação do sentimentalismo sensacionalista presos
Aos meus calcanhares, sugando toda a sequidão
Que aflora em minha face, graças àquele homem que se diz
Homem, mas o vejo apenas como antanho,
No vazio sibilo da segregação.
E ainda há insistências brandas, vitórias, glórias,
Pessoas soberbas e tudo não passa de merda.
E tudo não passa de acomodação, fétidas bagagens
Em todo este quadradismo que canta refrões
De excrementos e deleita todas as improficuidades.
Anderson Costa

Nenhum comentário:

Postar um comentário